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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Portfólio: Aplicativo que é usado para inclusão social é premiado pela Onu.

Brasileiro é premiado pela ONU ao criar aplicativo que facilita inclusão social

Programa foi desenvolvido por um analista de sistemas pernambucano.


Carlos Pereira teve a ideia para auxiliar a filha com paralisia cerebral.


(g1 pe)

Um programa criado por um pernambucano foi premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Com o aplicativo instalado em um tablet, pessoas que não podem se comunicar por causa de uma doença ou deficiência conseguem se expressar tocando em figuras, textos e vídeos. A ferramenta foi configurada pelo analista de sistema Carlos Pereira para ajudar a filha e agora ganhou o mundo.
O programa foi desenvolvido após quatro anos de trabalho intenso. Na premiação da ONU, o Livox concorreu na área tecnologias móveis que impactam a vida das pessoas. Derrotou 20 mil concorrentes de 178 países e foi eleito o melhor aplicativo de inclusão. O primeiro lugar veio na disputa final, que ocorreu no início do mês, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
"Agora eu estou indo para a Coreia do Sul e logo em seguida para o Japão para um evento do Banco Interamericano de Desenvolvimento e, se Deus quiser, nós já estamos preparando o Livox para a internacionalização e entrada em novos mercados", diz Carlos Pereira.
Atualmente, o software só é distribuído no país. Dez mil pessoas usam o aplicativo, mas o número poderia ser bem maior. "Existem quinze milhões de brasileiros que precisam dessa tecnologia. São pessoas com paralisia cerebral, sequelas de derrame, autismo, esclerose lateral amiotrófica. Então, nosso desejo, nosso sonho é que mais e mais pessoas com deficiência ou com doenças possam ter acesso ao Livox", afirma o analista de sistema.

Reconhecimento
Para ele, o prêmio internacional é um reconhecimento e tanto, no entanto a maior conquista do aplicativo que ele inventou ainda continua em casa. Carlos teve a ideia para o Livox depois do nascimento da primeira filha dele. Clara teve paralisia cerebral. Com o aplicativo, a menina aprendeu a ler, escrever e se comunicar com mundo.
"A gente quer que cada vez mais pessoas com deficiência possam viver uma vida mais significativa. O Livox dá uma voz para essas pessoas, permite que eles aprendam a ler, a escrever e, por meio disso, possam viver uma vida melhor. Essa é a nossa maior satisfação", comenta o pai.
Para usar o Livox, o usuário precisa adquirir o aplicativo que custa R$ 799 (por um ano), R$ 899 (2 anos) e R$ 999 (3 anos). A renovação pelo mesmo período custa a metade do preço.  A licença vitalícia custa R$ 1.350. Instituições públicas e particulares têm descontos.

Professores recebem formação para utilizar o software Livox

        Cerca de 250 professores participaram, nesta quarta-feira (23), de uma formação sobre o software Livox, realizada na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Educadores do Recife (Efaer) Professor Paulo Freire, na Madalena. O objetivo foi apresentar aos docentes do Atendimento Educacional Especializado (AEE), ou seja, que têm especialização em Educação Especial, as possibilidades do aplicativo e seu potencial para uso pedagógico com os alunos que têm alguns tipos de deficiências, sobretudo os que têm dificuldade na fala. 
A Secretaria de Educação do Recife adquiriu cinco mil licenças do Livox para usar com alunos da Educação Especial e da Educação Infantil em 2016. O aplicativo, que é testado por um aluno da rede municipal de forma experimental desde 2014, foi instalado em cinco mil tablets distribuídos para 180 escolas de Anos Iniciais do Ensino Fundamental no início deste ano. O Livox vai facilitar a comunicação de cerca de 250 estudantes da rede municipal com paralisia cerebral, autismo, surdez e outros tipos de deficiência que causem dificuldades na fala. A ferramenta também será utilizada como recurso auxiliar da alfabetização e do estudo de conceitos de disciplinas como a matemática.
O aplicativo, disponível para Android, tem catálogos de palavras e imagens que são reproduzidas em áudio quando são selecionadas ou digitadas. Os usuários podem relatar emoções, indicar que querem comer, selecionar desenhos, filmes, jogos e músicas. Para a vice-dirigente da Divisão de Educação Especial (DEE), Carla Pitanga, a formação é um grande passo tecnológico para os estudantes da rede municipal. "Esse aplicativo irá auxiliar e facilitar a comunicação de muitos alunos. Os tablets já estão com o software instalado”, disse Carla Pitanga.
A professora Cleonice Gomes diz estar satisfeita com a formação. "Não tive dificuldade nenhuma. A equipe do Livox que está ministrando a formação é muito atenciosa e explica cada detalhe do software. Isso vai ser muito bom para os estudantes. Não vejo a hora de começar a utilizar o aplicativo em sala de aula", pontuou.


               


(fecunha.com.br)