A
inovação da música para deficiente auditivo
Surdez: uma experiência
musical
UNINTER Polo Carlos Gomes
Alessandra da Silva Ferreira - 1730626
Eduardo Magalhães de Araujo - 1799436
Ezequiel Guilherme de Felix de Farias
Pereira - 1794314
Lucas Luciano da Silva Soares - 1796901
Os surdos não
estão alheios às expressões culturais características dos ouvintes: sabem que
elas existem e emitem opiniões sobre as mesmas. A Música para Surdos também tem
enfrentado diversas discussões. “A música é vista como algo que as pessoas
Surdas não podem fazer, uma vez que se trata de um fenômeno que deva ser
experimentado através da audição”. Muitos trabalhos musicais têm sido desenvolvidos
com Surdos. Partindo da hipótese de que incluir a vivência musical de um Surdo
é possibilitar uma elevação da autoestima, fazendo com que ele perca o medo de
se expressar, esta pesquisa propõe métodos de educação musical que possam ser
adaptados ao desenvolvimento educacional, tendo como principal finalidade
investigar em que medida os Surdos percebem a música a partir de uma vivência
musical com outros alunos ouvintes, dentro das suas possibilidades e
limitações. O Surdo da pesquisa foi convidado a participar das atividades
pedagógicas com os ouvintes, acompanhado de uma intérprete de Libras,
considerando que a língua de sinais é visual-motora, o que parece demonstrar
que atividades musicais podem ser feitas baseadas no aspecto visual.
Os surdos não podem ouvir a
música, mas eles sentem por meio de vibrações, que são processadas na mesma
região do cérebro que o
“Ouvinte” utiliza para ouvir,
possibilitando uma percepção diferente do ouvinte, mas não menos capaz. Essa
aproximação do Surdo com a música pode ser feita por meio da leitura rítmica
musical, como também é possível utilizar-se da sensibilidade tátil do Surdo, proporcionando
uma percepção das vibrações, ou seja, uma percepção vibro tátil. Com o uso do
computador, inaugura-se uma nova dimensão nas possibilidades de comunicação dos
Surdos, pois são tecnologias acessíveis visualmente. Se, para os ouvintes, elas
abriram perceptivas que levaram a modificações nos usos e costumes de toda a
sociedade, para os Surdos, essas mudanças podem ser ainda mais significativas.
Para os Surdos, os recursos tecnológicos são uma alternativa de comunicação e
aprendizagem. Oferecer essa possibilidade de usufruir novas oportunidades de
interação maior e melhor contribui também para que os Surdos sejam mais
participativos na sociedade.
Ouvindo através de ondas sonoras
Um
grupo de professores surdos conseguiu, pela primeira vez, sentir as vibrações
sonoras da música no Rock in Rio. Com uma mochila vibratória, eles assistiram
ao show do Cidade Negra. O aparelho que possibilitou a experiência chama-se
SubPac e permitiu que os professores tivessem a dimensão física da experiência
musical. A
iniciativa partiu de uma parceria do festival com o Instituto Nacional de
Educação de Surdos (INES).
SUBPAC E THE BUTTKICKER
O equipamento de áudio tátil é de uma empresa de Los Angeles, nos Estados Unidos, e emite baixas frequências para o corpo. O feedback tátil de sinais de áudio é um conceito que já existe há alguns anos. Um produto que usa esta ideia com sucesso é o The Buttkicker, um equipamento que vibra a banqueta do baterista para que um metrônomo ou sinal de retorno possa ser sentido em vez de ouvido em uma situação ao vivo. Entretanto, este tipo de tecnologia nunca tinha sido aplicado no estúdio - até agora. O SubPac é mencionado por sua fabricante, a StudioFeed, como “tecnologia de áudio tátil” e transfere frequências graves diretamente ao seu corpo. A StudioFeed afirma que o SubPac permite que o usuário sinta os graves e subgraves em sua música, em vez de ouvi-los. Esta criativa solução já ganhou elogios de músicos surdos, como That Deaf DJ, e vários outros. O equipamento em si parece uma mochila achatada, com uma caixa preta contendo o circuito de áudio conectado, e a ideia é que ele fique entre o ouvinte e o encosto da cadeira. Em uma pesquisa, Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da StudioFeed, afirma qual é a tecnologia empregada no aparelho: “Estamos usando uma tecnologia combinada com alguns polímeros específicos para oferecer uma verdadeira representação de frequências subgraves. Após testes, foi constatado que isso parece uma extensão da audição e as pessoas percebem imediatamente. A ênfase certamente está na precisão e é por isso que os nossos fãs artistas gostam tanto do produto. ” Se o SubPac realmente estiver à altura das afirmações, ele tem potencial para ser uma útil adição para produtores caseiros no mundo todo, principalmente porque é afirmado que é praticamente silencioso em operação. Tomando os preços da Kickstarter como base, o SubPac deve custar aproximadamente US$ 350*.
DEAF RAVE
As Raves festas de
música eletrônica para deficientes auditivos são cada vez mais populares na
Grã-Bretanha. Nessas festas, a
música é tão alta que pode ser sentida fisicamente e os DJs abusam de batidas
pulsantes e graves que fazem tremer o chão.
Numa das festas, chamada Deaf Jam o dinheiro arrecadado irá para organizações não-governamentais que defendem os direitos dos surdos. O organizador do evento e pioneiro das raves para surdos, James Hoggarth, conta que teve a ideia quando, no meio de uma festa em um club, tapou os ouvidos com as mãos e percebeu que sentia a música tão intensamente como quando ouvia. Como em uma noite comum num clube noturno, a luz muda de cor de acordo com a música. O palco também é mais iluminado para que os clubes surdos possam ver os artistas fazendo
sinais.
Numa das festas, chamada Deaf Jam o dinheiro arrecadado irá para organizações não-governamentais que defendem os direitos dos surdos. O organizador do evento e pioneiro das raves para surdos, James Hoggarth, conta que teve a ideia quando, no meio de uma festa em um club, tapou os ouvidos com as mãos e percebeu que sentia a música tão intensamente como quando ouvia. Como em uma noite comum num clube noturno, a luz muda de cor de acordo com a música. O palco também é mais iluminado para que os clubes surdos possam ver os artistas fazendo
Educação Musical para Surdos
Um dos novos projetos educativos
públicos para atividade didática de sala de aula são as classes inclusivas, que
recebem alunos com necessidades educativas especiais. Esse processo de inclusão
é recente, e tem acontecido, muitas vezes, de forma desordenada e lenta. As
classes inclusivas são ambientes onde os alunos devem se sentir aceites, respeitados
e tratados com dignidade. Na área de Educação Musical, poucos trabalhos
publicados para surdos são encontrados, dificultando a realização de projetos
nessa área. A cultura surda representa a identidade do surdo. O educador tem a
responsabilidade de conhecer o ambiente cultural dos seus alunos para melhor
desempenhar o seu papel e obter sucesso no processo de ensino e aprendizagem. A
Educação Musical, além de fazer parte do currículo escolar, promove a inclusão
de uma larga escala de alunos. A música desperta sensibilidade. A vibração de
instrumentos musicais pode ser uma prerrogativa para a definição e o
entendimento individual das ondas sonoras e da existência do som.
Referências Bibliográficas